quarta-feira, 3 de abril de 2013

QUE VERGONHA!


TJ-SP afasta desembargador suspeito de pedir dinheiro a advogados

A investigação foi iniciada em março, após denúncia de um dos advogados

O órgão especial do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu afastar o desembargador Arthur Del Guércio Filho, investigado sob a suspeita de solicitar vantagens indevidas em razão de sua função. Guércio Filho atua na 15ª Câmara de Direito Público. Este é o primeiro caso em que um desembargador é afastado em consequência desse tipo de suspeita no TJ paulista. O tribunal também abriu procedimento disciplinar contra o magistrado.

Na investigação, ao menos três advogados relataram que o desembargador alegava dificuldades financeiras para pedir dinheiro. O alvo dos pedidos eram advogados que atuavam em processos na 15ª Câmara. Os pedidos, de acordo com os relatos, variavam entre R$ 20 mil a R$ 35 mil. Em um dos casos, um advogado contou que, após falar sobre os problemas financeiros que enfrentava, o desembargador escreveu o valor de R$ 35 mil em um papel.

A investigação foi iniciada em março, após denúncia de um dos advogados. Na sessão do órgão especial foi relatado que o presidente do TJ, Ivan Sartori, chegou a pedir desculpas em nome do Poder Judiciário para testemunhas ouvidas na investigação. Foi aberto prazo para que o desembargador apresente sua defesa. Guércio Filho é desembargador desde 2005 e exerce a magistratura há quase 30 anos.

OUTRO LADO
O desembargador Arthur Del Guércio Filho negou ter pedido dinheiro a advogados e partes em processos e afirmou que ainda ainda não foi ouvido na investigação do Tribunal de Justiça. "Fiquei muito surpreso com isso. Sou juiz há 30 anos, desembargador desde 2005 e sempre primei por ouvir a parte contrária. Esse foi um procedimento sumário, já que a denúncia foi feita em 18 de março. Já há decisão do Órgão Especial sem que eu tenha sido ouvido", disse o magistrado.

Segundo Del Guércio, as afirmações feitas na investigação contra ele são levianas. "Eu não decido as causas sozinho. Eu não posso vender uma coisa que não me pertence", disse o desembargador, referindo-se ao fato de atuar em um órgão colegiado do TJ, a 15ª Câmara de Direito Público. Del Guércio disse que não chegou a solicitar qualquer tipo de ajuda financeira a escritórios de advocacia, defensores ou partes nas causas.

Folhauol
@aroldorenovato

Nenhum comentário:

Postar um comentário