sábado, 20 de abril de 2013

AÇUDE DE BOQUEIRÃO


Movimentos sociais querem uma solução 

negociada em Boqueirão

Movimentos sociais querem uma solução negociada em Boqueirão
Imagem: Assessoria
A decisão do Ministério Público Federal, Dnocs e Aesa de suspender a utilização das águas do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, para irrigação está gerando intranqüilidade e revolta entre os mais de 5 mil agricultores da região. Os 'irrigantes', como são denominados os agricultores que trabalham e sobrevivem no entorno do açude, se reúnem neste domingo (21), na sede do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da cidade, às 10h, com lideranças sindicais e dos Movimentos Sociais paraibanos.
O coordenador do Movsocial e presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Paraíba (Consea PB), Arimatéia França, informou que vai se reunir com diretores dos Sindicatos dos Trabalhadores de Boqueirão e com o presidente da Associação dos Irrigantes do Açude Epitácio Pessoa. Arimatéia França explica que a situação enfrentada pelos agricultores é preocupante, já que eles não dispõem de outra forma de renda e subsistencia. "Com a proibição da utilização da água, eles não têm de onde tirar o sustento de suas famílias e também impactará na produção de alimentos na cidade e região. Nesta reunião de domingo iremos ouvir sugestões e buscar soluções", declarou.
Kristeny Leite Chaves, presidente da Associação dos Irrigantes, explicou que toda população tem conhecimento dos níveis de água muito baixos do açude, decorrente da seca prolongada. "O que buscamos é uma solução para o nosso problema. Já fizemos algumas sugestões para o Ministério Público Federal, Dnocs e Aesa, mas ninguém nos atende. Porque não estabelecer um seguro enquanto estivermos com nossas atividades suspensas" indaga.

Agricultura - Dados da Associação dos Irrigantes do Açude Epitácio Pessoa apontam que cerca de 5 mil agricultores dependam das águas do açude para trabalhar. Kristeny Chaves informa que são culturas de tomate, hortaliças e bananas.

"Temos como proposta reduzir a área da cultura de bananas, mas ninguém nos respondeu sobre isso", falou. Arimatéia França, acredita que com a reunião deste domingo (20), possa ser retirado alguns encaminhamentos que deverao ser considerados pelas autoridades públicas do Estado. "Estamos buscando dialogar e encontrar soluções que beneficiem a todos, sabendo da situação de seca que persiste na Paraíba", declarou.
"Existe uma guerra fria, inclusive com ameaças em virtude da escassez da água. O governo do Estado e a CAGEPA deveriam realizar urgentemente uma campanha de conscientização contra o desperdicio da água, e por por uma boa utilização dos recursos naturais ja existentes", finaliza.
ClickPb

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