sábado, 13 de abril de 2013

SECA PROLONGADA


Seca prolongada prejudica plantações e amplia alta dos preços

A seca no nordeste do país tem sido inclemente
seca no nordeste do país tem sido inclemente
Desde o final do ano passado, os índices de inflação vêm sofrendo forte pressão dos alimentos, uma das respostas a essa alta é a forte estiagem que assola o país desde 2012. A expectativa de analistas é que, a partir de maio, comece a haver redução do preço dos alimentos, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísca (IBGE). Dos 146 produtos alimentícios, pesquisadoes em 11 capitais e regiões metropolitanas do país,  117 deles, ou 80%, ficaram mais caros no trimestre passado. Outros aumentos de destaque são de produtos típicos e básicos do prato do brasileiro, como batata (38,11%), farinha de mandioca (35,18%), feijão-carioca (22,85%) e mandioca (22,18%).
No Nordeste, onde os efeitos da seca são mais perceptíveis, os moradores de Campo Formoso, cerca de 400km da capital baiana, sofrem com a alta dos valores de alimentos que compõem a conhecida cesta básica. Alguns alimentos tiveram alta de 400% nos preços, segundo levantamento dos institutos estaduais de pesquisa. São produtos como feijão, frutas, legumes e farinha, que chegou até triplicar de preço. A farinha por exemplo, que custava R$ 2 o quilo, com a falta de mandioca devido a seca, o quilo subiu para R$ 6.
Outro produto que teve o preço afetado foi o feijão. Considerado por muitos como o principal alimento nas refeições diárias, o quilo do grão que custava em torno de R$ 3,50 subiu para o valor de R$ 6. Com plantação afetada, os legumes que são vendidos na feira de Campo Formoso são trazidos de cidades que possuem sistema de irrigação como Juazeiro e Ponto Novo. COm isso, os preços ficam ainda mais altos, em destaque para o tomate, que já alcançou o valor de R$ 5, o quilo.
E a seca não afeta somente o preço e a venda de alimentos. Segundo o comerciante da feira da cidade, José Antônio, muitas pessoas que criavam animais, deixaram de criar por não ter condições de arcar com alimentação.
– Hoje quem tinha sua galinha não tem mais. Seu boi não tem mais. Quem tinha seu bode e seu carneiro não têm mais – disse.
A situação desanimadora ainda não deve melhorar. De acordo com os principais institutos de meteorologia, o volume de chuva previsto para o mês de abril não é suficiente para amenizar a seca.
Correio do Brasil
c/adaptações
@aroldorenovato


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