domingo, 24 de julho de 2016

O POVO E A POLÍTICA

“Povo está enojado com a política”, diz Anísio Maia

Deputado Anísio Maia, do PT
Deputado Anísio Maia, do PT
O deputado estadual Anísio Maia (PT), analisou neste domingo (24), o impacto da atual crise política nas eleições municipais deste ano.  Para o petista, “o principal efeito da crise é o aumento da rejeição popular à política e aos políticos”.
De acordo com Anísio Maia, “este desencanto com a política só desfavorece os políticos que atuam a partir de princípios ideológicos e programáticos”, disse, acrescentando que “nos estados e municípios já se tornou corriqueiro a traição de partidos e de aliados, fazendo hoje o que se condenava ontem”.
Para Anísio Maia, este é um cenário perigoso para a democracia. “Primeiro, porque de um lado, este mar de lama aumentará o percentual do eleitorado disposto a negociar seus votos, já que o péssimo exemplo vem de cima. Por outro lado, criam-se espaços para propostas fascistas, autoritárias, antipolíticas e antidemocráticas”.
“Enquanto o dinheiro definir a política, estaremos na mesma lama. Quem gasta milhões em uma campanha está fazendo um investimento e quem investe espera o retorno. É o sistema todo que está bichado e incentiva o surgimento de corruptos e corruptores”, afirmou Anísio Maia.
Outro aspecto apontado pelo deputado como falência do atual sistema político é a proliferação de partidos. “Engana-se que esta quantidade absurda de partidos políticos, atualmente 35 legendas, é sinal de maturidade democrática. Ao contrário, o que prevalece no Brasil é a ideia de que se deve votar nas pessoas e não nos partidos. A simples proibição de coligações proporcionais já evitaria esta inundação de partidos sem definição ideológica e que aumentam a barganha por espaços, levando o país à ingovernabilidade”.
“Não podemos colocar as raposas para cuidar do galinheiro. É preciso uma constituinte exclusiva para a reforma política feita sem a presença dos atuais políticos tradicionais. Só poderão ser eleitos para esta constituinte, nomes que nunca tenham exercido cargo eletivo e que fiquem inelegíveis para a próxima eleição subseqüente. Tão logo terminem as eleições municipais, acredito que toda a sociedade deveria se empenhar neste sentido”, concluiu.
MaisPB

A DECADÊNCIA DO ALGODÃO

ALGODÃO JÁ FOI PRINCIPAL ATIVIDADE AGRÍCOLA DA PARAÍBA E HOJE ESTÁ EM QUEDA

Érico Fabres / 24 de julho de 2016
Foto: DIVULGAÇÃO
Pesquisadores e produtores rurais têm desenvolvido projetos de pesquisa que visam solucionar os principais problemas e que podem proporcionar o retorno do algodão como um cultivo agrícola importante para o semiárido.

Entre os principais projetos estão a criação de plantas de algodão resistentes ao bicudo do algodoeiro por meio de transgenia, de uma colheitadeira mecânica adaptada às condições dos pequenos produtores da região e o de cultivares precoces adaptadas à estiagem, afirma o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, Valdinei Sofiatti.

Dois fatores foram os principais responsáveis pela decadência: a praga do inseto, que dizimou colheitas inteiras e acabou com a fertilidade do solo e a seca.

O produto, que já foi a principal atividade agrícola da Paraíba, representando 1,13% da produção nacional, há dois anos viu esse percentual zerar (0,0%).

De 1990 até 2014, a área plantada do algodão passou de quase 36 mil hectares para 47 hectares e a produção caiu de 11,5 mil toneladas para 23 toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Queda meteórica em 20 anos

Em 20 anos, de acordo também com o IBGE, o valor da produção foi de mais de R$ 7 milhões para 46 mil (em 2004 chegou a R$ 22 milhões). De acordo com Valdinei Sofiatti, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, o bicudo do algodoeiro foi o principal responsável pela redução acentuada da área de algodão na Paraíba e em todo o semiárido do nordeste brasileiro. O combate a essa praga tem elevado custo e a aplicação de inseticidas para combatê-la também causa desequilíbrio no sistema e acaba ocasionando o surgimento de outras pragas aumentando ainda mais o custo de produção. Outros fatores também têm contribuído para que o custo de produção aumentasse, sendo que um deles é o encarecimento da mão de obra que ocorreu nos últimos 20 anos. A capina e a colheita manual do algodão amplamente adotadas na região são altamente exigente em mão-de-obra sendo responsáveis pela maior parte do custo com mão-de-obra.

Também estão sendo desenvolvidas pela Embrapa Algodão cultivos com transgenia de baixo custo para resistência a herbicidas visando reduzir a necessidade de mão de obra para capinas.
Fonte: Correio da Paraíba

ESCOLA SEM PARTIDO?

DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO

Para PGR, 'Escola Sem Partido' é inconstitucional

O Ministério Público Federal encaminhou uma nota técnica na qual aprecia a proposta em debate no Congresso

00:00 · 23.07.2016
Segundo a Constituição Federal, entre os objetivos primeiros da educação está a capacitação das pessoas para o exercício da cidadania ( Foto: José Leomar )
Brasília. Em manifestação enviada ontem ao Congresso Nacional, a Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou de "inconstitucional" a proposta de incluir o Programa Escola Sem Partido entre as diretrizes e bases da educação nacional.
A proposta é polêmica e prevê, por exemplo, a "neutralidade" dos docentes diante de questões políticas, ideológicas e religiosas em sala de aula. A ideia do movimento é legislar sobre o que é ou não permitido aos professores debaterem dentro de sala de aula.
Cidadania
Segundo nota técnica da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a medida fere a Constituição Federal, que traz como objetivo primeiro da educação o pleno desenvolvimento das pessoas e a sua capacitação para o exercício da cidadania, também com o propósito de qualificá-las para o trabalho.
"Essa ordem de ideias não é fortuita. Ela se insere na virada paradigmática produzida pela Constituição de 1988, de que a atuação do Estado pauta-se por uma concepção plural da sociedade nacional", escreveu a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat.
Vigilância
Para a Procuradoria, sob o pretexto de defender princípios como a "neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado", assim como o "pluralismo de ideias no ambiente acadêmico", o Programa Escola sem Partido coloca o professor sob constante vigilância, principalmente para evitar que afronte as convicções morais dos pais.
"O PL subverte a atual ordem constitucional, por inúmeras razões: confunde a educação escolar com aquela que é fornecida pelos pais, e, com isso, os espaços público e privado. Impede o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem e contraria o princípio da laicidade do Estado -todos esses direitos previstos na Constituição de 88",disse a procuradora.
Críticas
A procuradora federal dos Direitos do Cidadão reforça a importância de desmascarar o compromisso aparente que tanto o PL como o Programa Escola sem Partido têm com as garantias constitucionais, "a começar pelo uso equivocado de uma expressão que, em si, é absurda: "neutralidade ideológica".
"O que se revela, portanto, no PL e no seu documento inspirador é o inconformismo com a vitória das diversas lutas emancipatórias no processo constituinte", diz a nota técnica assinada por Déborah Duprat.
Consulta pública
O portal e-Cidadania, do Senado Federal, abriu consulta pública sobre o Programa Escola Sem Partido. De autoria do senador Magno Malta (PR-ES), um projeto de lei prevê a "neutralidade" dos professores diante de questões políticas, ideológicas e religiosas em sala de aula.
Em abril, a proposta do Escola sem Partido foi transformada em lei em Alagoas. Professores com atuação no Estado chamam a medida de "lei da mordaça".
Fonte: Diário do Nordeste

CÂMARA RECONHECE OS FEITOS DE CUNHA...


PRIVATIZAÇÃO

Couto cita recordes da Petrobras e 

denuncia tentativa de privatização

Ele afirmou que a Petrobras está, a cada dia, mais vigorosa, com produção recordes

Créditos: Divulgação
Citando números positivos da produção da Petrobras, o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) fez um pronunciamento denunciando que as informações sobre uma suposta quebradeira da empresa foram disseminadas por setores golpistas como forma de facilitar sua privatização.
Para o deputado petista, "o pior caminho para a Petrobras, que é um patrimônio Nacional Brasileiro, seria a tentativas de privatização de dentro para fora da empresa como os golpistas deste governo ilegítimo e retrógrado estão querendo".
Em seu discurso, Luiz Couto afirmou que a Petrobras está, a cada dia, mais vigorosa, com produção recordes, solidez financeira e já supera empresas de petróleo gigantes de todo o mundo. "A produção total de petróleo e gás natural, em junho, foi de 2,90 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), o que representa um recorde mensal.
Superamos a marca alcançada em agosto de 2015, de 2,88 milhões barris de óleo equivalente por dia. Este valor de junho foi 2% acima do volume produzido em maio (2,83 milhões barris de óleo equivalente por dia), dos quais 2,70 milhões de barris de óleo equivalente por dia foram produzidos no Brasil e 200 mil barris de óleo equivalente por dia no exterior.
A produção total de petróleo e gás natural no Brasil (2,70 milhões barris de óleo equivalente por dia) também representa um recorde mensal. Ultrapassou a marca anterior de 2,69 milhões boed (barris de óleo equivalente por dia) de agosto de 2015.
A produção média apenas de petróleo, em junho, foi de 2,3 milhões de barris por dia (bpd), 2% acima do volume produzido no mês anterior, que foi de 2,24 milhões barris por dia. Desse total, 2,2 milhões barris por dia foram produzidos no Brasil e 100 mil barris por dia no exterior", declarou o deputado paraibano.
O volume de petróleo produzido em junho no Brasil obteve a terceira maior média mensal já registrada. Esse crescimento deve-se, principalmente, à entrada de novos poços conectados aos FPSOs (Unidades Flutuantes de Produção) Cidade de Maricá e Cidade de Itaguaí, no campo petrolífero de Lula, nas áreas de Lula Alto e Iracema, respectivamente.
"Estas informações são importantes para mostrar ao Brasil a mentira que os catastrofistas andaram apregoando para derrubar o governo Dilma. Mas, o que eles querem é vender a estatal para os estrangeiros. O que eles querem é pagar a dívida do golpe, com esta atitude", explicou Luiz Couto.
O deputado salientou que para evitar a privatização da Petrobras é preciso que a presidenta Dilma Rousseff retorne a seu cargo. Além disso, é necessário que a sociedade brasileira se conscientize e se una para combater os interesses escusos dos que querem lucrar às custas do desmonte do patrimônio nacional.
"É urgente que apareça à luz do dia esse propósito odioso, que visa, no final das contas, vender nossa estatal a grupos privados nacionais e internacionais a preço de banana. Estes sinais de produção são a esperança de muitos filhos e filhas de trabalhadores que terão um futuro com mais qualidade de vida, com educação e saúde", resumiu o deputado petista. 
WSCOM Online com Assessoria