Nem aborto nem maconha (I)
Os presidenciáveis se fecham para os debates
sobre aborto e maconha. Na contramão de alguns vizinhos latino-americanos,
Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos mostram que dificilmente mudarão
políticas relacionadas a temas espinhosos.
Nem aborto nem maconha (II)
O
segredo em uma eleição presidencial é fugir dos temas espinhosos. Essa é uma
das estratégias adotadas pelos principais pré-candidatos à Presidência da
República no Brasil quando se trata de aborto, descriminalização de drogas ou a
redução da maioridade penal. Enquanto em alguns dos nossos vizinhos
latino-americanos essas questões estão entrando na agenda, aqui no Brasil,
temas polêmicos são evitados pelo Governo e pelos candidatos.
SEM ABORTO (I)
A revogação de portaria sobre aborto desperta
o temor da pressão evangélica. Ao suspender a medida, que incluía o atendimento de vítimas de estupro em
hospitais públicos, o Governo é acusado por feministas de ter tomado decisão
eleitoreira.
SEM ABORTO (II)
Uma
semana depois de o Governo aprovar uma portaria que regulamentava a forma como o aborto legal é pago pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil e
que de acordo com feministas melhoraria a forma como as mulheres seriam
atendidas nos hospitais públicos, o Ministério da Saúde revogou a decisão.
PADRE NÃO SE CASA (I)
O papa Francisco abre a porta para que os
padres possam casar. “Por não ser um dogma da fé, a porta sempre está
aberta", disse o pontífice.
PADRE NÃO SE CASA (II)
”Por
não ser um dogma da fé, a porta sempre está aberta...” Não há regras nem zonas
vermelhas. Os jornalistas perguntam o que consideram oportuno e o papa Francisco responde.
Já tinha feito isso no seu regresso do Rio de Janeiro –“quem sou eu para julgar
os gays?” – e volta a fazê-lo
agora no avião da El Al, a companhia aérea israelense, no trajeto entre
Tel-Aviv e Roma.
PADRE NÃO SE CASA (III)
Uma
das questões levantadas é a do celibato obrigatório dos sacerdotes, um velho
assunto que volta a ficar atual depois de que, há apenas alguns dias, um grupo
de 26 mulheres apaixonadas por sacerdotes enviou uma carta a Jorge Mario
Bergoglio lhe pedindo que deixe de proibir “um vínculo tão forte e bonito”. O
Papa não se esconde na resposta à pergunta sobre se está disposto a levar
adiante uma discussão incômoda no seio da Igreja: “A Igreja católica tem padres
casados. Católicos gregos, católicos coptas, existem no rito oriental. Por que
não é um debate sobre um dogma, mas sobre uma regra de vida que eu aprecio
muito e que é um dom para a Igreja. Por não ser um dogma da fé, a porta sempre
está aberta”.
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