terça-feira, 28 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014

País dividido: solidariedade aos vencidos

28/10/2014 15:00
Por Rodolfo Lima, do Rio de Janeiro

Com muita ironia, colunista se "solidariza" com os derrotados na eleição presidencial
Com muita ironia, colunista se “solidariza” com os derrotados na eleição presidencial
Quando Dilma foi eleita em 2010, usei esse mesmo título para um artigo que enviei para o DR, então como colunista regular do site.
Mudaram as situações, mudou-se o contexto, mas continuo com a mesma posição de então. Que me desculpem o tom irônico, naquele momento como agora, mas o caso é mesmo de solidariedade…e de ironia.
Os vencidos talvez merecessem melhor sorte, ou seja, um resultado compatível com o esforço que fizeram para não perder as eleições. Foram quase perfeitos na tentativa de exterminar as conquistas sociais e reimplantar o neoliberalismo, utilizando delações premiadas (sabe-se lá exatamente por quem), com “vazamentos” tão cirúrgicos quanto incomprovados, culminando, no final de tudo, com a malfadada edição da não menos malfadada “Veja”.
Evidentemente, a caso da Petrobras é sério, deve ser investigado, e os culpados devem ser punidos, estejam onde estiverem. Mas não dá para engolir esse golpe midiático covarde, que passa por uma manchete “marron” que faz afirmação que a revista, cinicamente, diz que o delator não comprovou e, mais, que não lhe foi pedido que comprovasse…
Quando os tucanos falam em campanha sórdida, que tipo de adjetivo dariam aos seus opositores se utilizassem esse mesmo procedimento covarde e indigno da ética do jornalismo? É nesse tipo de liberdade de imprensa que eles acreditam?
Os vencidos têm a minha solidariedade, pois os especuladores e milhardários que os representam na bolsa de valores foram muito eficazes na utilização criminosa das oscilações do mercado, inclusive tentando desmoralizar a maior das nossas empresas.
Assim, os vencidos mereciam, por força de seu excepcional esforço, ter como prêmio pela eleição de Aécio a privatização da Petrobras, que, digam o que disserem, sempre estará na ordem do dia da sanha dos entreguistas de plantão.
Estou solidário com os vencidos porque eles se esmeraram em defender seus interesses de classe e o fizeram com a tal argumentação que só os “coxinhas” sabem desenvolver, sempre fundada em doses bem equilibradas por incrível hipocrisia, por falso moralismo e indignação direcionada, por muito preconceito, baixíssimo nível (para quem se diz elite bem informada) e extremada visão egocêntrica. Mereciam ter recuperado os privilégios que defendem.
Estou imensamente solidário com os vencidos porque, contando com uma mídia absolutamente imparcial e descomprometida, e nem um pouco manipuladora, com jornalistas de primeira ordem, bem disciplinados e seguidores daquilo que os seus patrões determinam, certamente mereciam melhor sorte.
Minha solidariedade vai além, estendendo-se aos aliados dos vencidos, não apenas os de sempre – DEM, PPS e outros do gênero -, que não merecem a desimportância cada vez maior que o processo político lhes vem presenteando, mas também os novos amigos do neoliberalismo – a turma da Marina e da rede em que cabem todos os peixes -, que não só não conseguiram implantar a tal “nova política” como também mergulharam de cabeça nos mais velhos conceitos políticos, defendidos a ferro e fogo pelas elites do país.
Sinto-me inteiramente solidário com os ricos, sofisticados e informados cidadãos de São Paulo – aqueles que deram um milhão de votos ao Tiririca – , que, apesar de todos os esforços, não conseguiram reduzir a força dos nordestinos que, no país, teimam em manter defendidos os seus interesses sociais e a sua dignidade de seres humanos.
Dilma disse que o país não está dividido e lamento divergir. Se olharmos o mapa da eleição, perceberemos com clareza: os economicamente mais aquinhoados votaram em Aécio, os que não aceitam voltar ao campo da exclusão votaram em Dilma. A mídia fala também em um “país dividido”, mas tentam apenas passar a idéia de um “Fla-Flu” político, como se não houvesse no Brasil terríveis e perversos desequilíbrios sociais, que as eleições traduziram.
Esquecendo a ironia, o recado final dessa coluna é no sentido de toda a atenção que os verdadeiros democratas terão que dedicar, a partir de agora, aos pequenos e grandes golpes que serão tentados diariamente contra o governo legitimamente eleito.
Os bilionários donos da mídia desse país (com seus fieis jornalistas), os especuladores e banqueiros ávidos por ganhos cada vez maiores, os privilegiados de sempre que não toleram “essa gente diferente” nos aeroportos, todos eles – sob a égide do neoliberalismo – já começam, 24 horas depois da eleição, a usar todas as pressões possíveis para fazer com que não prevaleça, no país, a vontade dos eleitores. Não aceitaram, coitados, o resultado das urnas…
Minha solidariedade ao seu grande espírito democrático…
Rodolfo Lima, advogado e professor de Língua Portuguesa e Literatura com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil e colunista do Direto da Redação no período de setembro de 2010 a janeiro de 2014.
Direto da Redação é um fórum de debates, editado pelo jornalista Rui Martins
Fonte: Correio do Brasil

A ULTRADIREITA PERDEU?

Ultradireita espuma de ódio com reeleição de Dilma mas sente a pressão popular

27/10/2014 16:40
Por Redação - de São Paulo

Lobão diz que ia embora para Miami, mas não foi
Lobão diz que ia embora para Miami, mas não foi
A reeleição da presidenta Dilma Rousseff provocou, nas últimas 24 horas, uma hecatombe nas forças de ultradireita do país. A começar pela bravata do ex-roqueiro João Luiz Woerdenbag Filho, o popular Lobão, que disseminou pelas redes sociais, antes das eleições, que iria embora do Brasil se o senador tucano Aécio Neves (MG) perdesse a disputa, nas urnas. Nesta segunda-feira, diante da vitória consolidada de Dilma, Lobão volta atrás na decisão e diz que prefere ficar por aqui mesmo.
Internautas e midiativistas que defenderam o voto na candidata petista organizaram, na noite passada a festa de comemoração pela viagem do simpatizante da extrema direita. Uma bandinha tocava, animada, nos Arcos da Lapa, Centro do Rio, em comemoração ao exílio luxuoso do cantor, em Miami, nos EUA, sem saber que ele já havia mudado de ideia. Na página da festa, na internet, não faltou ironia: “Faltam 6 dias para que Dilma seja reeleita e o Lobão se mude do Brasil como prometeu”, celebrou um usuário no Twitter, há uma semana.
“Se é para o bem dos bons e desespero total do PT, diga ao povo que fico!”, escreveu o aliado do candidato derrotado Aécio Neves, em sua página no Facebook. “Agora estamos mais fortes, mais articulados e mais numerosos. Nasce uma verdadeira oposição no Brasil e ninguém arredará pé daqui. Esse país também é nosso e ficaremos firmes e fortes para lutar por ele. Vamos em frente!!!”, afirma o também colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.
Espumando de ódio
Shlaem aparece, loira, ao lado da mãe, para pedir desculpas
Shlaem aparece, loira, ao lado da mãe, para pedir desculpas
Quem também precisou pedir desculpas ao público, após um vídeo no qual espumava de ódio contra quem reelegeu a presidenta Dilma Rousseff foi a dita jornalista Deborah Albuquerque Chlaem. Ela publicou um vídeo que, pela mensagem violenta, chamou a atenção das pessoas, na noite deste domingo pela jornalista Deborah Albuquerque Chlaem, de São Paulo. Ela chama os eleitores de “miseráveis, imbecis e burros, que votaram na p… da Dilma”. No campo profissão, em vez de jornalista, porém, ela diz ser “artista na Rede TV”.
Deborah também disse que está de malas prontas para deixar o país com destino semelhante ao de Lobão. Quer se mudar para Orlando, na Flórida, onde mora seu pai.
– Eu sou rica, bem sucedida, muito bem de vida, e tentei ajudar vocês, miseráveis, imbecis, burros, que votaram na p… da Dilma. Vocês são muito burros e vão depender de Bolsa Família e Bolsa Miséria para o resto da vida, vocês vão continuar na merda, eu não, eu tenho condições de sair desse País, que vai virar uma ditadura. Estragaram o Brasil, merda de petistas! – esbraveja.
Nesta manhã, porém, diante da reação pública, em um segundo vídeo, ela aparece loira, ao lado de uma senhora que diz ser sua mãe de criação e afirma ter sido “mal interpretada” na mensagem da noite passada.
– Eu vim esclarecer uma declaração que eu dei ontem, que foi muito mal interpretada pros petistas, como lhe convém, de que eu não gosto de pobres, discrimino… não, eu discrimino você, petista, que votou na Dilma, que ajudou a reeleger, você realmente concorda com a roubalheira que está acontecendo nesse país, com petrolão, com todos os esquemas corruptos – diz ela.
A jornalista, ou artista, não se sabe ao certo, acrescentou que a “vitória da Dilma ontem foi um fracasso pro Brasil, nossa maior derrota”. E que tem orgulho de ter votado 45, número do PSDB de Aécio Neves.
Fonte: Correio do Brasil

DERROTADO EM CASA

Como Minas derrubou Aécio

28/10/2014 9:40
Por Leandro Mazzini - de Brasília

Aécio Neves
Aécio Neves
Aécio  Neves  está  um  poço  de  mágoas  com  os  eleitores  mineiros.  Perdeu  para  a presidente  Dilma  no  Estado  nos  dois  turnos.  Ontem,  tucanos  estupefatos  com  o resultado no reduto eleitoral que Aécio governou por dois mandatos começaram a fazer o mea culpa sobre os motivos da derrota: excesso de confiança no voto personificado;não colocou a militância nas ruas; não investiu no Norte e Nordeste do Estado, bolsões ainda com baixo IDH e alvo do Bolsa-Família; e principalmente não tem o apoio dos prefeitos das principais cidades do interior: Uberlândia, Uberaba e Juiz de Fora.
Fonte: Correio do Brasil

VACINA CONTRA AIDS

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,comite-diz-que-90-das-mortes-de-jornalistas-continuam-impunes,1584415

Fiocruz patenteia nos EUA método que pode produzir vacina contra Aids


O processo de registro da patente começou em 2005 no Brasil

 Um método desenvolvido por pesquisadoresbrasileiros e que pode ser usado para a produção de vacinas contra diferentes doenças, com resultados promissores para prevenir a aids, foi patenteado nos Estados Unidos.
O processo de registro da patente, que começou em 2005 no Brasil, é produto de vários anos de trabalho de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), informou nesta segunda-feira (27) este organismo vinculado ao Ministério da Saúde e que é considerado o maior centro de pesquisa médica da América Latina.
A tecnologia foi reconhecida pelo Escritório Americano de Patentes e Marcas (UPTO, na sigla em inglês) após dez anos de trâmites, segundo um comunicado da Fiocruz. O pedido de patente também foi feito no Brasil e na Europa.
Laboratórios que quiserem usar o método desenvolvido na Fiocruz terá de pedir de autorização da instituição, que poderá ser remunerada por isso. A invenção será protegida por 20 anos.
O método de desenvolvimento de vacinas patenteado se baseia na modificação do código genético do vírus que transmite a febre amarela para ser usado no combate de outras doenças.
Ao vírus da febre amarela é introduzida uma pequena partícula de outro vírus viva, mas atenuada, ou seja, sem capacidade para desenvolver a doença que é transmissora.
Com o vírus geneticamente modificado, os pesquisadores preveem introduzir em pacientes uma determinada quantidade do outro vírus, com o objetivo que as defesas dos seres humanos possam reconhecer os patógenos e estabelecer um padrão para combatê-los, ou seja que desenvolvam defesas.
Como resultado deste processo se obtêm os "vírus recombinados", capazes de ensinar o sistema imunológico dos pacientes a reconhecer outras infecções.
Um dos objetivos da Fiocruz é conseguir implementar este método no desenvolvimento de vacinas contra a aids, e os pesquisadores já estão realizando testes, até agora bem-sucedidos, com macacos, considerados os melhores modelos para o estudo da doença por sua semelhança genética com os humanos.
Nos testes clínicos com estes animais, que são realizados nos Estados Unidos, se combinou o código genético do vírus da febre amarela com o do VIS (vírus de imunodeficiência em símios), que nele tem um efeito similar ao da aids nos humanos.
Quando a vacina desenvolvida com este método foi aplicada nos macacos, seu sistema imunológico aprendeu a reconhecer os patógenos do VIS e suas defesas atuaram de uma forma mais eficaz sobre a doença.
Esta tecnologia foi criada pela chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivirus da Fiocruz, Myrna Bonaldo, e pelo pesquisador do Instituto de Tecnologia em Inmunobiológicos da fundação, Ricardo Galler.
No segundo semestre de 2012, a Fiocruz começou a testar em seres humanos um remédio para tratar a aids em crianças, uma doença que, segundo dados oficiais, entre 1980 e 2010 afetou 14 mil menores de 13 anos, que, em sua maioria, o herdaram de suas mães durante a gravidez ou no momento do parto.
UOL

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

SEGUNDO CASAMENTO

Igreja católica discute maneiras de reconhecer segundo casamentoO assunto foi tratado durante a 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos no Vaticano



 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, disse hoje (23) que a Igreja Católica está discutindo a possibilidade de reconhecer casais formados por divorciados que estejam em segunda união. O assunto foi tratado durante a 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, de 5 a 19 deste mês, no Vaticano, com o tema Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.

Segundo dom Damasceno, há consenso quanto à indissolubilidade do matrimônio, mas o sínodo não desconheceu situações especiais que muitas casais têm hoje. São pessoas que contraem novo matrimônio, continuam participando das atividades da igreja, atuando nas comunidades, com uma vida estável e assumindo sua responsabilidade quanto à educação dos filhos, disse ele. "E [esses casais] são desejosos de comungar e se confessar. Então, a igreja está aprofundando essa temática para ver, caso a caso, que soluções dar para essas situações.”

O cardeal ressaltou que não houve mudança doutrinal. Ele explicou que o sínodo foi dividido em duas etapas e que o documento final com as conclusões será proclamado pelo papa na segunda fase, em outubro do ano que vem. Foi preparado, no entanto, um documento com o resumo das discussões que será encaminhado às dioceses e conferências episcopais para ser aprofundado e receber contribuições.

Dom Damasceno, que é arcebispo de Aparecida, em São Paulo, informou que, durante o sínodo, foram apresentadas sugestões sobre como tratar o assunto. De acordo com ele, muitos casais procuram o tribunal eclesiástico para anular o primeiro matrimônio. O cardeal acredita que é possível simplificar esse processo, que normalmente se dá em duas instâncias. “É uma proposta reduzir somente à primeira e dar poder maior ao bispo para a tomada de decisão nesses casos.”

Outra possibilidade apresentada é de udotar a prática das igrejas orientais que, segundo dom Damasceno, admitem a comunhão de casais em segunda união após um processo de acompanhamento, conversão e análise da situação deles ao longo da vida matrimonial. “Mas não são normas gerais, há normas a serem aplicadas caso a caso”, ressaltou.

No Brasil já existe o acompanhamento desses casais em algumas dioceses, pelas pastorais de casal em segunda união. O cardeal ressaltou, entretanto, que não houve, durante o sínodo, compartilhamento de iniciativas semelhantes para homossexuais.

“Não é matrimônio, nem família. Não se pode equiparar a união civil de casais do mesmo sexo ao matrimônio entre homem e mulher, que é uma união aberta à geração da vida. Mas essas pessoas, que procuram a igreja, devem ser respeitadas e acolhidas. Há consenso sobre isso. A igreja não discrimina e atende aos cristãos batizados que querem participar da comunidade, mas não significa que a igreja esteja apoiando esse tipo de união”, disse o arcebispo.
Fonte: Correio Braziliense

ELEIÇÃO NA PARAÍBA SEGUIRÁ O HORÁRIO LOCAL

TRE avisa que eleição na Paraíba seguirá o horário local

Eleitores devem dirigir-se às seções eleitorais portando documento de identificação com foto para o caso de acontecer algum erro na autenticação biométrica.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides, lembra aos eleitores paraibanos que o horário de votação no segundo turno das eleições, que acontecerá no próximo domingo (26), será das 8 às 17 horas do horário local, uma vez que o Estado não adota o horário de verão.

O desembargador ressalta também a importância do eleitor se dirigir à sua seção eleitoral portando um documento com foto. “Embora nos municípios onde a votação é feita com biometria o eleitor possa ser identificado apenas pela digital, nós recomendamos que leve um documento com foto para no caso de por alguma razão a identificação biométrica não se efetivar ele está preparado para se identificar através do documento e votar assinando o caderno de votação”, explicou o presidente do TRE.

De acordo com Resolução do Tribunal Superior Eleitoral, os mesários devem efetuar oito tentativas de captar a digital do eleitor, caso não seja possível, a urna deve ser liberada para o voto com identificação através de documento com foto e assinatura. Algumas pessoas têm as digitais desgastadas pelo uso de produtos químicos, pela idade ou trabalhos manuais pesados como o corte da cana de açúcar.

O Tribunal Regional Eleitoral recomenda também que os eleitores evitem o uso de hidratantes, cremes ou óleos nas mãos antes de votar pois isso pode interferir na leitura das digitais e evitar a identificação. Com esse cuidado todos estarão contribuirão para que a votação seja mais rápida.


 Fonte: Jornal da Paraíba

SEM CONCURSO PÚBLICO!

NA PARAÍBA

Prefeituras gastam mais de R$ 500 mi com servidores, diz TCE

Presidente interino do Tribunal se reuniu com diretores do banco do Brasil

   











O presidente interino do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Arnóbio Viana, se reuniu, na manhã desta quinta-feira (23), com representantes do Banco do Brasil (BB) para tratar de questões relacionadas ao pagamento de servidores contratados, em caráter temporário, por organismos públicos estaduais e municipais.

No caso das Prefeituras, são valores que superam R$ 518 milhões de janeiro a agosto passados e pagos a pessoas cuja identificação o TCE ainda desconhece.

Durante a conversa, os dirigentes do BB tomaram conhecimento de minuta de resolução do TCE que determinará a gestores municipais e estaduais a abertura de conta bancária exclusiva de folhas de pagamento a todo e qualquer servidor temporário (Fopag-Temp).

Para os fins da Resolução são considerados “temporários” aqueles servidores que mantenham vínculos precários com o Poder Público, ou seja, os contratados por excepcional interesse público ou identificados a títulos de “pro-tempore”, “codificado” e “prestador de serviço”. Uma vez aberta à conta exclusiva para o pagamento dos temporários, os gestores deverão oferecer autorização para que o Banco do Brasil encaminhe ao Tribunal os extratos a ela referentes. Participaram do encontro no TCE o gerente administrativo da Superintendência do Banco do Brasil, Daniel Oliveira, os gerentes Edilberto José de Souza Passos e Renato Mesquita, além do advogado Severino Chaves, pelo setor jurídico do banco.

Anóbio Viana definiu o encontro com dirigentes regionais do BB como um chamamento à parceria em favor do controle e acompanhamento das contratações temporárias de agentes públicos.

Fonte:
MaisPB com Assessoria

domingo, 12 de outubro de 2014

CANDIDATOS À FICHA SUJA?

Mais de 120 gestores são acionados pelo MP

De janeiro a setembro deste ano, o MPPB ajuizou 113 ações civis públicas.


Mais de 120 gestores públicos municipais e estaduais da Paraíba estão respondendo processos na Justiça este ano, acusados de improbidade administrativa pelo Ministério Público Estadual. De janeiro a setembro deste ano, o MPPB ajuizou 113 ações civis públicas (ACPs) por atos de improbidade administrativa cometidos por gestores públicos municipais e estaduais. O último relatório do Caop do Patrimônio Público da instituição, relativo aos meses de julho, agosto e setembro, aponta um total de 43 ACPs promovidas por onze Promotorias de Justiça.

Sob a atuação da promotora de Justiça Jaine Aretakis Didier, ações de improbidade administrativa em Gurinhém tiveram como objetos a nomeação para cargos em comissão em número superior ao previsto em lei, nepotismo e desvio de recursos públicos. Na Promotoria de Justiça de Caaporã, que tem à frente a promotora de Justiça Cassiana Mendes de Sá, foram ajuizadas ACPs por abandono de bem público e outra por irregularidades e inexigibilidade de licitação pública.

Já o promotor de Justiça Antônio Barroso Pontes Neto, em Campina Grande, ajuizou uma ação apontando irregularidades na execução de convênio com a Secretaria de Estado da Saúde. Por sua vez, o promotor de Justiça Marinho Mendes Machado, na Promotoria de Jacaraú, registrou ações relativas à contratação de servidores temporários sem vínculo com o município e violação de regras de uso dos recursos do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério); e outra de irregularidades na gestão dos recursos destinados à aquisição de combustível e pagamento de despesas de gratificação aos servidores com recursos do Fundeb.

Com a atuação do promotor de Justiça Elmar Thiago Pereira de Alencar na Promotoria de Justiça de Piancó, foram registradas duas ações: realização de despesas sem licitação, retenção e não recolhimento de ISS e de contribuições previdenciárias; e outra de despesas previdenciárias não comprovadas, ausências injustificadas às sessões legislativas, liberação de verba pública sem a estrita observância da norma pertinente.

Os promotores de Justiça Leonardo Quintans Coutinho, Stoessel Wanderley de Sousa Neto e Mariana Neves Pedrosa Bezerra, da Promotoria de Sousa, atuaram na ação cautelar inominada que aponta fraude em procedimento licitatório e gastos desproporcionais em relação às necessidades básicas da população. Ainda em Sousa, o promotor Leonardo Quintans foi o responsável pela ACP sobre enriquecimento ilícito de dois gestores.

REGIÃO DE BOQUEIRÃO LIDERA AÇÕES
No último relatório trimestral, 43 ACPs foram promovidas por onze Promotorias de Justiça. Dessas 43 ações, oito ocorreram na Promotoria de Justiça de Boqueirão, que abrange os municípios de Alcantil, Riacho de Santo Antônio, Caturité e Barra de Santana.

Quatro ações foram ajuizadas pela Promotoria de Justiça de Sousa, que tem jurisdição nos municípios de São José da Lagoa Tapada, Nazarezinho, Santa Cruz, Lastro Marizópolis, Vieirópolis, Aparecida e as comunidades de São Pedro, São Francisco e Casinha do Homem.

A Promotoria de Justiça de Campina Grande, que também contempla os municípios de Lagoa seca, Massaranduba e Boa Vista, nos meses de julho, agosto e setembro registrou cinco ações de improbidade.

Já na Promotoria de Justiça de São José de Piranhas, que congrega o município de Carrapateira, foram três ACPs. No município de Itaporanga, a Promotoria de Justiça, que abrange as cidades de Boa Ventura, Diamante, São José de Caiana, Curral Velho e Pedra Branca, além das localidades de Serra Grande e Vazante, foram 14 ações na área da improbidade administrativa.

As Promotorias de Justiça de Bonito de Santa Fé (com Monte Horebe), Gurinhém (com as localidades de Caldas Brandão e Cajá) e Santa Rita registraram nesses três meses duas ações de improbidade cada uma delas. E nas Promotorias de Justiça de Araruna, Cajazeiras e Teixeira foram apenas uma ACP em cada uma delas.

Com a atuação do promotor de Justiça Elmar Thiago Pereira de Alencar na Promotoria de Justiça de Piancó, foram registradas duas ações: realização de despesas sem licitação, retenção e não recolhimento de ISS e de contribuições previdenciárias; e outra de despesas previdenciárias não comprovadas, ausências injustificadas às sessões legislativas, liberação de verba pública sem a estrita observância da norma pertinente.

Os promotores de Justiça Leonardo Quintans Coutinho, Stoessel Wanderley de Sousa Neto e Mariana Neves Pedrosa Bezerra, da Promotoria de Sousa, atuaram na ação cautelar inominada que aponta fraude em procedimento licitatório e gastos desproporcionais em relação às necessidades básicas da população. Ainda em Sousa, o promotor Leonardo Quintans foi o responsável pela ACP sobre enriquecimento ilícito de dois gestores.

REGIÃO DE BOQUEIRÃO LIDERA AÇÕES
No último relatório trimestral, 43 ACPs foram promovidas por onze Promotorias de Justiça. Dessas 43 ações, oito ocorreram na Promotoria de Justiça de Boqueirão, que abrange os municípios de Alcantil, Riacho de Santo Antônio, Caturité e Barra de Santana.

Quatro ações foram ajuizadas pela Promotoria de Justiça de Sousa, que tem jurisdição nos municípios de São José da Lagoa Tapada, Nazarezinho, Santa Cruz, Lastro Marizópolis, Vieirópolis, Aparecida e as comunidades de São Pedro, São Francisco e Casinha do Homem.

A Promotoria de Justiça de Campina Grande, que também contempla os municípios de Lagoa seca, Massaranduba e Boa Vista, nos meses de julho, agosto e setembro registrou cinco ações de improbidade.

Já na Promotoria de Justiça de São José de Piranhas, que congrega o município de Carrapateira, foram três ACPs. No município de Itaporanga, a Promotoria de Justiça, que abrange as cidades de Boa Ventura, Diamante, São José de Caiana, Curral Velho e Pedra Branca, além das localidades de Serra Grande e Vazante, foram 14 ações na área da improbidade administrativa.

As Promotorias de Justiça de Bonito de Santa Fé (com Monte Horebe), Gurinhém (com as localidades de Caldas Brandão e Cajá) e Santa Rita registraram nesses três meses duas ações de improbidade cada uma delas. E nas Promotorias de Justiça de Araruna, Cajazeiras e Teixeira foram apenas uma ACP em cada uma delas.

 Josusmar Barbosa

Jornal da ParaíbaFonte: Radar Sertanejo

DÉCADAS NO PODER: SOBRENOME E DINHEIRO

Eleição mantém poder de famílias na Paraíba

 Para cientista político, poder familiar se deve à fragilidade das instituições representativas

O resultado das eleições do último domingo confirmou o poder político de pelo menos 20 famílias na Paraíba, com a eleição de seus representantes para o Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa. A disputa para o governo será decidida no segundo turno. Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Fábio Machado, a relação dos eleitos mostra que a Paraíba continua sendo um loteamento feudal de famílias políticas.
Na sua visão, a permanência das famílias nos poderes Executivo e Legislativo estadual e municipal é motivada pela precariedade e falta de solidez das instituições. “A meu ver, esse poder familiar se deve à fragilidade das instituições representativas, a exemplo dos partidos políticos, do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais”, avalia Fábio.
Ele acrescenta que a maioria das lideranças na Paraíba surge dentro do “familismo político”. Ele citou o caso dos deputados federais eleitos Pedro Cunha Lima (PSDB), Wilson Filho (PTB), Hugo Motta (PMDB) e Efraim Filho (DEM), além dos deputados estaduais Bruno Cunha Lima (PSDB), Caio Roberto (PR) e Camila Toscano (PSDB).
SINDICALISMO
Fábio Machado também comenta a origem do governador e candidato à reeleição, Ricardo Coutinho (PSB). Ele destaca que o socialista surgiu longe das forças políticas tradicionais, a partir da luta sindical, e conquistou os mandatos de vereador, deputado estadual, prefeito de João Pessoa e de governador. Todavia, em 2010, Ricardo se aliou ao grupo Cunha Lima para chegar ao governo e agora colocou na vice, Lígia Feliciano (PDT), esposa do deputado Damião Feliciano (PDT) e mãe do ex-vereador Renato Feliciano, atual presidente estadual do PDT. Além disso, mantém aliança com várias lideranças regionais, a exemplo de Efraim Morais, e agora de José Maranhão e Vital do Rêgo (PMDB).

Maranhão e Cunha Lima: seis décadas
Há cerca de 60 anos, ocupando cargos públicos na Paraíba, as famílias Cunha Lima e Maranhão elegeram representantes mais uma vez este ano. Neto do líder maior da família, Ronaldo Cunha Lima (já falecido) e filho do senador e candidato a governador Cássio Cunha Lima (PSDB), o jovem Pedro Cunha Lima (PSDB) foi o mais votado nas eleições para deputado federal. Já o neto do ex-senador Ivandro Cunha Lima e sobrinho-neto de Ronaldo, o vereador de Campina Grande Bruno Cunha Lima (PSDB) foi eleito deputado estadual. Outro vereador campinense, Tovar Correia Lima (PSDB) também conquistou uma cadeira na Assembleia. Tovar é casado com uma prima de Cássio. O vereador de Cabedelo Arthur Cunha Lima Filho (PRTB) concorreu a deputado estadual, mas ficou na suplência.
Ronaldo foi governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador de Campina. Já Cássio tenta conquistar o terceiro mandato de governador. Ele já foi três vezes prefeito de Campina e deputado federal. Por sua vez, Ronaldo Cunha Lima Filho (PSDB) é vice-prefeito de Campina.
MARANHÃO
Governador por três mandatos, José Maranhão (PMDB) foi eleito senador, enquanto o seu sobrinho, Benjamin Maranhão (SD) foi reeleito deputado federal. A sobrinha Olenka não conseguiu a reeleição para a Assembleia e ficou na primeira suplência. Benjamin e Olenka são filhos de Wilma Maranhão, atual prefeita de Araruna, no Curimataú paraibano. José e Wilma têm o DNA político do pai, Benjamin Gomes Maranhão (já falecido), que governou Araruna.

Vital, Enivaldo e Motta
Apesar da derrota de Vital do Rêgo Filho (PMDB) para o governo, o seu irmão, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), ex-prefeito de Campina, foi eleito deputado federal. Sua mãe, a atual deputada Nilda Gondim Vital do Rêgo (PMDB) ficou na primeira suplência do senador eleito José Maranhão. Vitalzinho e Veneziano são netos do Major Veneziano Vital do Rêgo (já falecido), que foi deputado pelo Estado de Pernambuco, e de Pedro Gondim (já falecido), ex-governador da Paraíba.
A família Ribeiro e Veloso mantiveram seu quinhão no Congresso e na Assembleia. Aguinaldo Ribeiro Veloso (PP) foi reeleito deputado federal e a sua irmã, Daniella Ribeiro (PP), garantiu mais um mandato no Parlamento estadual. Eles são filhos do ex-prefeito de Campina Enivaldo Ribeiro e da prefeita de Pilar, Virgínia Veloso. Enivaldo entrou na política pelas mãos do sogro, Aguinaldo Veloso Borges (já falecido), ex-prefeito de Pilar. 

PATOS
Os dois principais grupos políticos de Patos, no Sertão, elegeram representantes este ano. O deputado federal Hugo Motta (PMDB) assegurou o segundo mandato e seu pai, o ex-prefeito Nabor Wanderley (PMDB), conquistou uma cadeira na Assembleia. A liderança maior é a prefeita de Patos, Francisca Motta (PMDB), que herdou o espólio do ex-marido, o deputado falecido Edvaldo Motta.

Por sua vez, o ex-prefeito e ex-deputado Dinaldo Medeiros Wanderley elegeu o filho, Dinaldinho Wanderley (PSDB), deputado estadual. Edna Wanderley, esposa de Dinaldo, já foi deputada estadual. Eles são herdeiros políticos de Rivaldo Medeiros (já falecido), tio de Dinaldo. Rivaldo foi deputado federal e prefeito e sua mulher, Geralda, deputada e prefeita.
Fonte: Jornal da Paraíba