sexta-feira, 14 de junho de 2013

É PROIBIDO PROTESTAR?


Manifestantes que participaram do protesto contra a Copa são detidosCinco suspeitos de terem participado da manifestação desta manhã estão na 5ª Delegacia de Polícia; o motorista do caminhão teria recebido R$ 250 para fazer o transporte dos pneus

Cinco suspeitos de terem participado da manifestação na manhã desta sexta-feira (14/6) foram detidos ainda nesta tarde. Eles foram levados para a 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília) e, segundo informações dos policiais, o motorista do caminhão usado para transportar os pneus teria recebido R$ 250 para fazer o transporte do material até as imediações do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

O motorista disse durante o depoimento que foi pago para levar os pneus de uma loja do P Sul até o centro de Brasília. Ele entregou nomes de pessoas envolvidas no pagamento, que formariam uma cadeia de ditribuição desse dinheiro. Após prestar esclarecimentos, ele foi liberado pois acreditava estar levando os pneus para descarte.

A polícia confirmou a participação de pelo menos duas integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) na manifestação: Apoliane Costa dos Santos e Eduarda Maria da Conceição, ambas de 27 anos. Elas estão presas por dano ao patrimônio público, e se não pagarem fiança, serão encaminhadas à Colméia.

Também deve prestar esclarecimento Gabriel Santos Elias, do movimento "Copa para quem?". A polícia investiga se ele teria ligação com o incêndio, mas o jovem ainda não foi ouvido.

A polícia procura em outros endereços por envolvidos no protesto. Há suspeitas de que os manifestantes sejam de Ceilândia e cidades do entorno, como Santo Antônio do Descoberto e Formosa. Ainda segundo as investigações, cada pessoa que participou do movimento teria recebido R$ 30.

O diretor da PCDF, Jorge Xavier, não descarta a possibilidade de que o protesto tenha sido uma movimentação política. "Se fosse um movimento altruísta, com o objetivo de desenvolvimento do país, para quê criar essa cortina de fumaça?". A polícia quer chegar até a pessoa que encabeça os pagamentos. Os envolvidos podem ser enquadrados por crime de incêndio, art. 250 do código penal, e pegar de três a seis anos de detenção sem direito a fiança.

Correio Braziliense

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