Mulher é detida por injúria racial contra médico
negro do Samu na BA
Caso ocorreu na terça-feira
(23), em Juazeiro, região norte do estado. Professora foi liberada após pagar fiança no valor de R$ 622.
A professora [PROFESSORA???] de 45 anos Creuzenilda da Silva Lima
foi detida na terça-feira (23), na cidade de Juazeiro,
região norte da Bahia, suspeita de injúria racial contra um médico do Samu, que
é negro. De acordo com o delegado Flávio Martins, titular da 1ª Delegacia, o
serviço médico foi acionado para prestar atendimento ao ex-companheiro da
mulher.
De acordo com Martins, o médico relatou que,
durante o atendimento, foi chamado pela professora de "negrinho metido a
besta". O delegado informou que a agressão verbal ocorreu após o médico do
Samu solicitar que a mulher se afastasse porque estava atrapalhando o trabalho
da equipe. Os dois discutiram e ocorreu a agressão. O médico acionou a Polícia
Militar, que prendeu a suspeita em flagrante. "Eu conduzi o paciente até o
interior da ambulância para que a gente fizesse o primeiro atendimento, quando
a gente estava tentando fazer o acesso venoso nele, ela abriu a porta da
ambulância traseira e começou a gritar porque que o paciente ainda estava lá e
não tinha sido removido para o hospital. Com isso, eu pedi para que ela
fechasse a porta da ambulância para a gente não expor o paciente e poder
terminar o procedimento com tranquilidade, foi quando ela disse que eu era um
negrinho metido e bateu a porta da viatura", diz Gilberto Barbosa, médico
do Samu.
Segundo o delegado Flávio Martins, a professora
prestou depoimento e foi liberada após pagamento de fiança no valor de um
salário mínimo, R$ 622. "No depoimento ela disse que se desentendeu com o
médico, mas não falou que fez essa conotação racial. Ela negou a injúria
racial", afirmou o delegado. O médico avalia que a equipe do Samu foi
desrespeitada. "A equipe do Samu foi agredida, então isso tem que acabar,
já aconteceu uma vez de agressões físicas no Samu. O que acontece é que a gente
precisa de mais segurança", defende Gilberto.
Flávio Martins afirmou que a professora responderá ao inquérito em liberdade. O titular da 1ª Delegacia de Juazeiro informou que a pena para o crime de injúria racial pode de um a três anos de prisão em regime fechado. O paciente atendido pelo Samu, segundo o delegado, foi encaminhado para um hospital da cidade e passa bem.
Flávio Martins afirmou que a professora responderá ao inquérito em liberdade. O titular da 1ª Delegacia de Juazeiro informou que a pena para o crime de injúria racial pode de um a três anos de prisão em regime fechado. O paciente atendido pelo Samu, segundo o delegado, foi encaminhado para um hospital da cidade e passa bem.
G1
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