Apenas 2% dos jovens paraibanos querem ser
professores
"Alguém aqui pensa em ser professor?". O
silêncio foi sepulcral na turma de 45 alunos do 3º ano, sala 37, do Lyceu
Paraibano, em João Pessoa. A reportagem fez a pergunta a 181 estudantes que se
preparam para o vestibular em duas escolas da Capital, uma pública e outra
privada. Seis disseram que gostariam de seguir a carreira docente, mas só
quatro (2,2%) gostariam de ser professores da educação básica. Os outros dois
se interessavam pelo ensino superior, ou seja, a opção no vestibular passaria
longe de Pedagogia e cursos de licenciatura.
Essa realidade já foi discutida em uma pesquisa
feita em 2009, pela Fundação Victor Civita (FCV), que ouviu concluintes do
ensino médio das cinco regiões do País e atestou que apenas 2% queriam a
profissão. A falta de atrativo deve-se, entre outros pontos, às más condições
de trabalho e aos baixos salários, que fazem com que docentes, na Paraíba,
tenham até cinco vínculos de emprego com múltiplas jornadas de trabalho, segundo
o Censo 2011 da Educação Básica.
Na véspera do Dia do Professor fica a previsão
dramática do presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena
(APLP), Francisco Fernandes: "Se em 10 anos a desvalorização da carreira e
a política de péssimos salários continuarem, a procura pela profissão será
zero".
Correio
da Paraíba
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