sábado, 13 de outubro de 2012

PROFISSÃO EM EXTINÇÃO?


Apenas 2% dos jovens paraibanos querem ser professores

"Alguém aqui pensa em ser professor?". O silêncio foi sepulcral na turma de 45 alunos do 3º ano, sala 37, do Lyceu Paraibano, em João Pessoa. A reportagem fez a pergunta a 181 estudantes que se preparam para o vestibular em duas escolas da Capital, uma pública e outra privada. Seis disseram que gostariam de seguir a carreira docente, mas só quatro (2,2%) gostariam de ser professores da educação básica. Os outros dois se interessavam pelo ensino superior, ou seja, a opção no vestibular passaria longe de Pedagogia e cursos de licenciatura. 
Essa realidade já foi discutida em uma pesquisa feita em 2009, pela Fundação Victor Civita (FCV), que ouviu concluintes do ensino médio das cinco regiões do País e atestou que apenas 2% queriam  a profissão. A falta de atrativo deve-se, entre outros pontos, às más condições de trabalho e aos baixos salários, que fazem com que docentes, na Paraíba, tenham até cinco vínculos de emprego com múltiplas jornadas de trabalho, segundo o Censo 2011 da Educação Básica. 
Na véspera do Dia do Professor fica a previsão dramática do presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena (APLP), Francisco Fernandes: "Se em 10 anos a desvalorização da carreira e a política de péssimos salários continuarem, a procura pela profissão será zero".
Correio da Paraíba

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