Pesquisa CNT revela que 60% das rodovias paraibanas
apresentam riscos aos motoristas
A pesquisa
da Confederação Nacional de Transportes, divulgada na tarde desta quarta-feira
(24), revelou que 60,6% do estado geral das rodovias da Paraíba apresentam
condições regular (30,8%), ruim (23,7%) ou péssima (6,0%). 7,1% da extensão
total possui estado considerado ótimo e 32,4%, o maior índice geral, apresenta
estado considerado bom. Ao todo, foram analisados 1.663 quilômetros de
extensão. Destes, 1.274 federais e 389 estaduais. Desde 1995, a pesquisa CNT de
Rodovias faz um levantamento anual das verdadeiras condições das rodovias
brasileiras, analisando criteriosamente o estado de conservação e as condições
de trafegabilidade de cada uma delas.
A pesquisa
ainda constatou que há dois pontos críticos nas rodovias paraibanas: um ponte
caída e um buraco grande. Em relação a pavimentação, a pesquisa CNT considerou
as estradas como ótimo (48,4%), bom (2,4%), regular (43,8%), ruim (4,2%) e
péssimo (1,2%). O diretor de Obras do Departamento de Estradas e Rodagens
(DER), Helio Cunha Lima discordou da pesquisa nacional afirmando que mais de
1.500 quilômetros de rodovias estaduais já foram restauradas, faltando apenas
500 quilômetros.
“Os pontos
considerados críticos na malha paraibana está mais de 50% concluídos em 1.500
quilômetros a serem restaurados, faltam apenas 500. Viajei a Paraíba inteira e
constatei melhoras nas estradas”, salientou Hélio Cunha Lima. Um dos pontos
mais críticos no Estado é a PB 066 que liga os municípios de Juripiranga e
Itabaiana onde foram realizadas operações Tapa-Buraco, mas foi constatado que
não resolve o problema da via. O Governo está em processo de licitação para
iniciar a restauração.
“A PB 066
ainda não foi restaurada, porque ela esta em processo de licitação. Fizemos uma
operação tapa-buraco, mas comprovamos que não adiantou”, afirmou diretor do
DER. Ainda segundo o relatório, a Paraíba precisa de R$ 636,3 milhões para
reconstrução (trechos totalmente destruídos - R$ 1.436.000,00); restauração
(trechos trincas, buracos, ondulações e afundamentos - R$ 675.000,00); e
manutenção (trechos desgastados - R$ 500.000,00) como investimento mínimo
necessário para recuperação das rodovias. Já para conservação das rodovias,
serão necessários R$ 75,9 milhões.
Pesquisa CNT
A pesquisa
da CNT avalia aspectos do pavimento, sinalização e geometria da via de 100% da
malha federal pavimentada e das principais rodovias estaduais pavimentadas.
Também estão incluídas na pesquisa as rodovias concessionadas. Neste ano, foram
pesquisados 95.707 km durante 37 dias, entre 25 de junho e 31 de julho. Os
pesquisadores avaliaram aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da
via, o que permite a classificação qualitativa dos trechos. Os resultados são
apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), por tipo de rodovia
(federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação. Desse total de
95.707 km, 60.053 (62,7%) apresentam algum tipo de deficiência. Em relação ao
pavimento e à sinalização, 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%),
respectivamente, apresentam problemas.
Na
comparação com os resultados do ano passado, aumentou o percentual geral de
rodovias brasileiras com algum tipo de deficiência. Em 2011, o índice foi de
57,4%. Também foi constatado um aumento nos problemas de sinalização, presentes
em 66,2% dos trechos avaliados em 2012, enquanto em 2011 o índice foi de 56,9%.
Na avaliação do presidente da CNT, senador Clésio Andrade, essa é uma questão
que precisa ser solucionada com urgência. “A boa sinalização é fundamental para
garantir a maior segurança dos motoristas e passageiros que trafegam pelas
rodovias do Brasil. É muito importante investir fortemente para melhorar a
sinalização e também para solucionar outros problemas constatados no pavimento
e na geometria viária”, afirma.
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