Prestes a assumir vaga na ALPB, Carlos
Dunga revela mágoas com Cássio e Ricardo
Suplente de senador diz que
faz dois anos que foi procurado pelos "aliados"
O ex-deputado federal e suplente de senador Carlos Dunga
(PTB) falou, nesta terça-feira (05), sobre a expectativa de assumir o mandato
na Assembleia Legislativa da
Paraíba, nos próximos dias, em substituição a Genival Mathias (PTdoB), que pode
perder o mandato, em face de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
validou os votos de Oswaldo Venâncio (Bado), referentes às eleições estaduais
de 2010 e mudou o coeficiente eleitoral para o pleito daquele ano.
Em 2010, Bado disputou o cargo de
deputado estadual, mas como teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-PB), devido a então nova Lei da “Ficha Limpa”, seus votos não
foram computados. No entanto, no dia 08 de novembro do ano passado o TSE
validou seus votos. A mudança deve ocorrer por que com a validação dos votos de
Bado, que disputou as eleições pela coligação PSL/PR, o coeficiente eleitoral para
deputado estadual será mudado. Assim, a coligação do PTdoB, que conseguiu
eleger apenas o deputado Genival Mathias, perde a vaga, que vai para Carlos
Dunga, da coligação PTB/PP, que já tem a deputada Daniela Ribeiro (PP) eleita.
Na tarde de hoje, Dunga disse esperar que o acórdão do
TSE seja publicado ainda esta semana, para assim o TRE-PB ser comunicado da
decisão e posteriormente empossá-lo.
Indagado qual será sua postura na Casa de Epitácio
Pessoa, Dunga disse que vai ouvir seus mais de 19 mil eleitores para se
definir, mas revelou mágoas com o tratamento dispensado a sua pessoa pelogovernador Ricardo
Coutinho (PSB) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), os quais consideravam
aliados.
Dunga disse que fez parte da aliança que ajudou eleger
Ricardo e Cássio, mas no passar dos anos foi esquecido. “Vou ouvir meus
eleitores e aliados. Não sei se serei da situação, espero a liderança do
governo me procurar. Achava que era da situação, mas não sei se serei útil para
o governo. Acho que eles não veem atrás de mim, até por que o governo tem dois
anos e nem Cássio, nem Ricardo me procurou em nenhum momento”, desabafou.
Dunga também reclamou da postura do vice-governador
Rômulo Gouveia (PSD). Segundo ele, Rômulo vai para a sua cidade, Boqueirão, e
anda com o atual prefeito, João Paulo Segundo, filho do ex-deputado João Paulo
(PMDB), “adversários de ferrenhos de Ricardo em 2010”. “O prefeito de Boqueirão
foi quem mais trabalhou na cidade para derrotar o governador Ricardo Coutinho”,
afirmou.
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