quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CEIA INFLACIONADA

Ceia de Natal deste ano será uma das mais caras devido a alta da inflação.

A inflação no país está 10,48%, enquanto no Amapá 13,27%. O Estado, portanto, está acima da média 2,79%. Apesar do quadro...




 A inflação no país está 10,48%, enquanto no Amapá 13,27%. O Estado, portanto, está acima da média 2,79%. Apesar do quadro, estudiosos acreditam que consumidor não deixará de comprar de forma compulsiva como costuma fazer nesta época do ano.
 
O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a variação dos preços levando em consideração as famílias com rendimento entre um a 40 salários mínimos na cidade de Macapá. No mês de novembro apresentou variação de 1,15%, ocorrendo uma variação menor em relação ao mês de outubro que foi de 1,25%, o que ocasionou uma queda de -0,10%. O acumulado no ano foi de 12,77%, em seis meses 5,65% e nos últimos 12 meses foi 13,27%.
 
O IPCA nacional em novembro foi 1,1%, enquanto no Amapá 1,15%. A inflação no país está 10,48%, enquanto no Amapá 13,27%. O Estado, portanto, está acima da média 2,79%. Mesmo com esse quadro negativo, a economista e coordenadora de Estatística da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Regina Celis Ferreira, acredita que o consumidor não deixará de comprar de forma compulsiva como costuma fazer nesta época do ano. “O consumidor é muito impulsionado pela época natalina. Isso faz com que compre os produtos independente do preço. Além do mais, o mês de dezembro é atípico porque tem o pagamento do 13º salário. Mas em janeiro fica acometido de se esbaldar”.
 
Analisando os grupos que compõem o IPCA, todos tiveram crescimento na inflação. Acima da média foram considerados os grupos vestuário 1,59%, transporte 1,36% e saúde 1,14%. Ainda com valor positivo, mas abaixo da média (abaixo do índice geral) tivemos as despesas pessoais de 1,3%, alimentação 1,2%, habitação 0,99% e móveis e equipamentos domésticos 0,82%. No caso da alimentação, os itens que contribuíram com esse comportamento da inflação foi a carne bovina (lombo) 8,18%, coco 11,20%, batata inglesa 5,86%, gurijuba 7,69% e pirarucu 7,14%.
 
Considerando por grupo, a maior variação foi vestuário 1,59%. Nesse caso podemos apontar os subgrupos acessórios 6,37%, calçados e malas 2,58%. Por item, os que mais cresceram foram joias 15,69, mochila 13,49% e tênis 9,84%, joias e bijuterias 7,74%, acessório de vestuário 3,05. Os itens que sofreram queda em relação ao mês passado foram: uniforme de trabalho -5,71%, bermuda e short -3,65% e calça comprida (criança) -2,35%.
 
IPC
 
O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) que mede o consumo das famílias de um a seis salários mínimos na cidade de Macapá, no mês de novembro apresentou uma variação de 1,10%. No ano ficou 13,05%, em seis meses foi de 7,18% e em 12 meses 13,80%. Comparado ao mês de outubro, que foi de 0,98%, o índice teve um acréscimo de 0,12%. Em relação ao índice nacional, o IPCA Macapá ficou abaixo 0,01%.
 
O IPC do mês de novembro apresentou uma variação positiva em todos os grupos. Os que apresentaram comportamento acima do índice geral foram: transporte 1,47%, saúde 1,42% e despesas pessoais 1,22%. Os que cresceram, mas abaixo do índice foram: alimentação 1,08%, habitação 0,91%, vestuário 0,83% e móveis e equipamentos 0,77%.  O grupo transportes se destacou como a maior variação do mês (1,47%), com um aumento de 0,31% comparado com o mês anterior que teve variação de 1,16%. 
 
Cesta Básica Oficial
 
As cestas básicas oficial e regional são dois indicadores acompanhados pela Seplan. A oficial é uma cesta medida pelo governo federal, por meio do IBGE, levando em consideração apenas uma pessoa. No caso do Amapá, 12 produtos são mensurados.  No mês de novembro, a cesta básica oficial correspondeu a R$ 369,00, representando uma variação de 1,26% em relação ao mês anterior, quando a mesma tinha sido adquirida por R$ 364,42.
 
No mesmo período do ano passado custou R$ 335,97. “Houve, portanto, um acréscimo de 9,8%”. A banana e a farinha de mandioca foram os produtos que mais tiveram o preço acrescido nesta cesta. Comparada ao salário mínimo, a participação chegou a 46,83%. Logo, uma pessoa para poder atender a cesta alimentar, deve comprometer esse percentual da sua renda. Já a cesta de outubro foi R$ 364,00. “Portanto, a cesta oficial sofreu um acréscimo de 1,26%. Ela foi mais cara em novembro”, frisou Regina Celis.
 
Para adquirir essa cesta, se formos levar em consideração a hora trabalhada, seria necessário o trabalhador cumprir em novembro uma jornada de 103h01, enquanto em outubro esse número foi de 101h44. “A cesta ficou mais cara no mês de novembro, pois o trabalhador teve que trabalhar uma 1h28 a mais”, comentou Regina. Considerando novembro do ano passado, o trabalhador disponibilizava menos tempo quando tinha que trabalhar apenas 102h05.
 
Cesta Básica Regional
 
A cesta básica regional é estabelecida pela Seplan, tendo como referência uma família de cinco integrantes. Ela monitora 54 produtos e serviços, divididos em três grupos: alimento, higiene pessoal e artigos de limpeza e manutenção. A cesta básica regional custou, no mês de novembro, R$ 1.520,23. Comparado ao mês de outubro (R$ 1.509,69), a cesta encareceu 0,70%. “Não chegou a 1%, mas teve um custo maior”, observou.
 
Considerando essa cesta em relação a participação de cinco integrantes de uma família em salários mínimos, se terá um valor líquido de salários no valor de R$ 4.728,00. Ela compromete 32,15% da renda total dessa família, ou seja, a cesta ficou mais cara 0,22% em relação a outubro.
 
O grupo alimentação custou R$ 1.194,47 (acréscimo de 0,69% em relação a outubro). Os produtos de maior valor foram: laranja 7,14, massa de tomate 6,49% e batata 5,86%. O grupo higiene pessoal foi de R$ 167,67 (acréscimo de 0,96% em relação a outubro), cujos produtos mais encarecidos foram: absorvente 3,71% e papel higiênico 2,24%. Já o grupo limpeza e manutenção custou R$ 158,09 (acréscimo de 0,46% em relação a outubro), tendo como principais produtos encarecidos a cera pastosa 2,27% e o desinfetante 1,97%.

Fonte: Jornal A Gazeta

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